Segundo o entendedor Fernando Trabach Filho, a transição energética no mundo atual representa um dos maiores desafios da humanidade frente às mudanças climáticas e à busca por um desenvolvimento sustentável. Uma vez que, esse processo envolve a substituição gradual de fontes fósseis, como carvão, petróleo e gás, por fontes renováveis, como energia solar, eólica e biomassa.
No entanto, apesar dos avanços, esse caminho ainda é marcado por uma série de barreiras econômicas, políticas e tecnológicas que dificultam sua implementação de forma global e eficiente. Pensando nisso, ao longo deste artigo, você vai entender quais são os principais desafios que impedem a adoção total das energias renováveis e como isso impacta diretamente o futuro do planeta.
Quais são as barreiras econômicas da transição energética?
As barreiras econômicas são, sem dúvidas, um dos maiores entraves na transição energética. De acordo com Fernando Trabach Filho, os altos custos iniciais para implementação de tecnologias renováveis ainda afastam muitos investidores, principalmente em países em desenvolvimento. Isto posto, a construção de parques eólicos, usinas solares e sistemas de armazenamento energético exige aportes financeiros consideráveis, o que nem sempre está ao alcance de governos e empresas.
Além disso, muitos setores econômicos ainda dependem de subsídios para combustíveis fósseis, o que torna a energia tradicional artificialmente mais barata. Isso cria um ambiente de competição desigual, desestimulando o investimento em energias limpas. Outro ponto crítico é a falta de linhas de financiamento específicas e acessíveis para projetos de energia renovável, o que limita a expansão dessas fontes em larga escala.
Por fim, a volatilidade dos preços internacionais de commodities, como petróleo e gás, também influencia diretamente as decisões econômicas. Pois, quando esses preços estão baixos, muitos países optam por manter sua matriz energética baseada em combustíveis fósseis, adiando investimentos em alternativas sustentáveis.
Como os desafios políticos impactam a adoção da energia renovável?
As questões políticas são outro fator determinante no sucesso ou no fracasso da transição energética. Conforme ressalta o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a falta de alinhamento entre os interesses de diferentes nações compromete a criação de acordos globais eficientes.

Dessa forma, muitos países, principalmente aqueles com grandes reservas de petróleo, resistem às mudanças que poderiam impactar suas economias. Aliás, internamente, a influência de grupos econômicos e lobbies ligados aos setores de combustíveis fósseis também é significativa. Eles atuam de forma ativa para retardar políticas públicas que incentivem a adoção de fontes renováveis.
Além disso, a ausência de uma legislação robusta e consistente em alguns países dificulta a criação de um ambiente favorável para o desenvolvimento sustentável. Outro desafio político é a instabilidade de alguns governos. Já que mudanças frequentes nas lideranças podem gerar insegurança jurídica, fazendo com que investidores hesitem em aplicar recursos em projetos de longo prazo, como são os projetos de energia limpa.
Quais são as barreiras tecnológicas na transição energética?
No campo tecnológico, os desafios são igualmente relevantes. Segundo o conhecedor Fernando Trabach Filho, embora as tecnologias de energia renovável estejam em constante evolução, ainda existem limitações que dificultam sua adoção em larga escala. Tendo isso em vista, um dos maiores problemas está relacionado ao armazenamento de energia.
Fontes como solar e eólica são intermitentes, ou seja, dependem de condições climáticas, o que exige soluções eficazes de armazenamento para garantir o fornecimento contínuo. Outro obstáculo tecnológico é a modernização das redes elétricas. Pois, as infraestruturas atuais foram projetadas para fontes de energia centralizadas e não estão preparadas para lidar com a descentralização gerada pelas renováveis.
Sem contar que, a integração eficiente dessas fontes nas redes exige investimentos em tecnologias de smart grids, sensores e sistemas de controle mais sofisticados. Ademais, há um déficit significativo na formação de mão de obra especializada. Desse modo, a falta de profissionais capacitados para operar, instalar e manter sistemas de energia renovável é um entrave que afeta principalmente países em desenvolvimento.
Principais desafios da transição energética no mundo atual
De maneira geral, os desafios da transição energética podem ser resumidos nos seguintes pontos principais:
- Custos iniciais elevados para a implementação de tecnologias de energia renovável.
- Dependência de subsídios para combustíveis fósseis, criando um mercado desigual.
- Falta de financiamento acessível e específico para projetos sustentáveis.
- Influência de lobbies e resistência política em diversos países.
- Deficiência nas tecnologias de armazenamento e na modernização das redes elétricas.
- Escassez de mão de obra qualificada para atuar no setor de energias renováveis.
- Instabilidade política e insegurança jurídica, que afetam a atração de investimentos.
Esses fatores, quando combinados, tornam o processo de transição energética um desafio complexo, que exige a colaboração de governos, empresas e da sociedade civil.
A necessidade de superar esses desafios para construir um futuro mais sustentável
Em conclusão, a transição energética no mundo atual é um caminho inevitável para garantir um futuro sustentável e reduzir os impactos das mudanças climáticas, como pontua Fernando Trabach Filho. No entanto, esse processo está longe de ser simples. Uma vez que as barreiras econômicas, políticas e tecnológicas são reais e exigem ações coordenadas, planejamento estratégico e, sobretudo, vontade política. Ou seja, superar esses desafios não é responsabilidade de um único setor. Governos, empresas, instituições financeiras e cidadãos devem atuar juntos para acelerar essa transformação. Portanto, o futuro do planeta depende das escolhas que fazemos hoje.
Autor: Klein Bauer